quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Para apreciadores de Matemática "Pura"


Um Quociente apaixonou-se loucamente por uma Incógnita.
Olhou-a com o seu olhar inumerável e viu-a, do Ápice a Base...
Uma Figura Ímpar: Olhos rombóides, Boca trapezóide, Corpo octogonal, Seios esferóides.
Fez da sua, uma vida Paralela à dela, até que se encontraram no Infinito.

"Quem és tu?" indagou ele com ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos, mas podes chamar-me Hipotenusa."

E de falarem, descobriram que eram o que, em aritmética, corresponde a almas gémeas, Primos-entre-si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz,
numa sexta potenciação, traçando ao sabor do momento
e da paixão, Rectas, Curvas, Círculos e Linhas Sinusoidais, escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas e, enfim, resolveram casar-se, constituir um lar.
Mais que um lar, uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissectriz. Fizeram Planos, Equações e Diagramas para o futuro, sonhando com uma felicidade Integral e Diferencial.
Casaram-se e tiveram uma Secante e um Vector muito engraçadinhos.
E foram felizes.... Até aquele dia em que tudo, afinal, se torna monotonia.
Foi então que surgiu o Máximo Divisor Comum... frequentador de Círculos Concêntricos,Viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela, uma Grandeza Absoluta e reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais Um Todo, Uma Unidade!
Era o Triângulo, chamado amoroso e desse problema, ela era a Fracção Mais Ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade.
E tudo o que era espúrio, passou a ser Moralidade, como aliás, em qualquer Sociedade.

"Autor desconhecido"