terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Momento cultural ...


Sinopse

DiciOrdinário - dicionário ordinário. Qualquer semelhança com outros dicionários é pura conincidência.

O Diciordinário é uma homenagem ao linguado português. Trata-se de um verdadeiro serviço público pois, já desde o tempo em que se phodia, muito tem sido escrito sobre o sexo oral mas pouco é dito sobre o sexo escrito. Eça é que é Eça. E não estamos aqui para engatar ninguém.


Aconselho vivamente pois, neste manual de cabeceira, procura-se evidenciar as diferenças e convergências observadas na elaboração dos dicionários de língua geral e nos dicionários, vocabulários e glossários de línguas de especialidade. A consulta ao dicionário tem sempre uma motivação, nunca é "inocente".

O leitor procura resolver um problema de significado, esclarecer aspectos da linguagem, aperfeiçoar a sua forma de comunicação linguística.

São esses os objectivos do dicionário: preencher lacunas de conhecimento, facilitar a comunicação linguística, aperfeiçoar os meios de expressão, descodificar correctamente as normas sociais e científicas e aumentar ou desenvolver o conhecimento sobre o parceiro.


Ora vejamos o que nos reserva o "O" (já dizia a Ana Malhoa: e tudo começou no Ó...ó, ó, ó!!!


Ode – composição poética lírica enaltecendo o potencial sexual de alguém, tipicamente escrita depois do acto (ver oder)

Oder – fazer odes eróticas, odendo a torto e a direito, a todas e a eito

Odisseia – ode e ceia (de preferência por esta ordem, para evitar congestões)

Odomizar – fazer odes a inserções traseiras

Olarila – forma de chamar um paneleiro

Olhão – olho de dimensões hiperbólicas, o mesmo que Boavista.

Onanimismo – onanismo unânime, prática generalizada de masturbação

Opiçodele – equivalente masculino da apitadela

Oralgésico – medicamento alternativo para quem não tolera analgésicos

Orgasmar – organizar uma orgia. Daí a palavra de ordem mais ouvida nesses ambientes: “orgasmisem-se”


Crónica de uma morte anunciada

Segundo as palavras do Sr Mário Crespo, o nosso PM é agora um político palhaço, incapaz de lidar com as realidades que criou e vai continuar a tentar manipulá-las com as suas “novilínguas” e esmagando todo o “duplipensar” tal como Orwell descreveu na sua obra mais real que ficcionada.

Ora, no dia da discussão do Orçamento, José Sócrates reuniu os seus amigalhaços da vida airada e, num almoço informal resolveu, alto e bom som, desancar no jornalista e fazer-lhe a folha, à semelhança do que aconteceu com Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz.

Curiosamente, na mesma tasca, estava um amigo de Mário Crespo, que foi estonografando meticulosamente o teor da conversa e que daria origem a uma brilhante crónica de opinião e posteriormente ao despedimento do ilustre jornalista.

Acontece que o JN é um jornal privado e, como tal, reserva-se no direito de publicar o que muito bem entender assim como qualquer jornalista pode escrever o que lhe der na real gana... não pode, é exigir que um jornal divulgue os seus ódios de estimação, baseados em conversetas sem consistência.

Um facto é, por definição, verdadeiro.

O problema é que Crespo não trata de factos, quanto muito, de candidatos a factos, ao bom estilo de Agata Christie.


Falar de censura numa época de globalização da informação, é patético, assim como enfatizar um despedimento que mais não é, senão uma recusa de validar paleio de vão de escada ou intrigas de comadres.

A verdadeira razão deste thriller policial, é mais dor de corno que outra coisa. É que Crespo provavelmente nem se lembra das entrevistas que deu durante o ano passado:

Semanário Económico (15.01.09) – disse que nas próximas eleições "provavelmente" votará (ou votaria) Sócrates

Correio da Manhã (12.01.09), disse que "provavelmente" irá (ou iria) em breve para Washington por grandes temporadas

É chato contar com o ovo no cu da galinha … quem foi para Washington, como conselheiro de imprensa, não foi o Crespo, mas alguém muito próximo do PS.

E pronto, a partir daqui, as crónicas de opinião mudaram radicalmente até que foi despedido… chama-se a isto “Crónicas de uma morte anunciada”