terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Crónica de uma morte anunciada

Segundo as palavras do Sr Mário Crespo, o nosso PM é agora um político palhaço, incapaz de lidar com as realidades que criou e vai continuar a tentar manipulá-las com as suas “novilínguas” e esmagando todo o “duplipensar” tal como Orwell descreveu na sua obra mais real que ficcionada.

Ora, no dia da discussão do Orçamento, José Sócrates reuniu os seus amigalhaços da vida airada e, num almoço informal resolveu, alto e bom som, desancar no jornalista e fazer-lhe a folha, à semelhança do que aconteceu com Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz.

Curiosamente, na mesma tasca, estava um amigo de Mário Crespo, que foi estonografando meticulosamente o teor da conversa e que daria origem a uma brilhante crónica de opinião e posteriormente ao despedimento do ilustre jornalista.

Acontece que o JN é um jornal privado e, como tal, reserva-se no direito de publicar o que muito bem entender assim como qualquer jornalista pode escrever o que lhe der na real gana... não pode, é exigir que um jornal divulgue os seus ódios de estimação, baseados em conversetas sem consistência.

Um facto é, por definição, verdadeiro.

O problema é que Crespo não trata de factos, quanto muito, de candidatos a factos, ao bom estilo de Agata Christie.


Falar de censura numa época de globalização da informação, é patético, assim como enfatizar um despedimento que mais não é, senão uma recusa de validar paleio de vão de escada ou intrigas de comadres.

A verdadeira razão deste thriller policial, é mais dor de corno que outra coisa. É que Crespo provavelmente nem se lembra das entrevistas que deu durante o ano passado:

Semanário Económico (15.01.09) – disse que nas próximas eleições "provavelmente" votará (ou votaria) Sócrates

Correio da Manhã (12.01.09), disse que "provavelmente" irá (ou iria) em breve para Washington por grandes temporadas

É chato contar com o ovo no cu da galinha … quem foi para Washington, como conselheiro de imprensa, não foi o Crespo, mas alguém muito próximo do PS.

E pronto, a partir daqui, as crónicas de opinião mudaram radicalmente até que foi despedido… chama-se a isto “Crónicas de uma morte anunciada”


2 comentários:

Anónimo disse...

Kikas, parece-me que também comes da gamela. Estarei enganado?

Kikas disse...

Está enganado!
Eu não como da gamela, eu e provavelmente você também, alimentamos a gamela para que outros comam.
Mas se estiver, de forma directa ou indirecta a ser subsidiado pelo (des)governo providência, se o seu apelido é Mexia ou outro qualquer que Mexe no que não deve, então peço desculpa por incluí-lo no rol dos desprotegidos.
E para que conste, eu não sou defensora oficiosa do 1º Ministro, não sou jornalista do JN, nem sou personal shopper na Loja das Meias.

E obrigada pela sua visita ao blogue!