domingo, 15 de novembro de 2009

Sperminator - O garanhão do Facebook



“Um homem inglês adepto das novas tecnologias, em especial das redes sociais, Dominic Baronet, de 26 anos, já engravidou 12 mulheres que conheceu através do Facebook, noticia o News of the World sendo que, duas delas engravidaram justamente no mesmo dia”.


Pois é, se o sexo virtual engravidasse, estava resolvido o decréscimo de natalidade!


Com os relacionamentos virtuais, acontece uma coisa muito interessante e, por vezes, bizarra e perigosa! O interlocutor pode assumir uma personagem e vivê-la da forma que entender, sem pudor, remorsos, vergonha ou timidez. Pode ser inteligente ou idiota mas, através de um discurso elaborado e rendilhado, passa a mensagem que qualquer mulher anseia ouvir. “fazê-la sentir-se única e especial, amada e desejada”. E não são unicamente as tontinhas, analfabetas ou ingénuas que caem na armadilha.

No campo virtual, qualquer mulher pode escorregar, até as mais inteligentes.


E isto acontece, de uma maneira geral, porque a mulher é seduzida, não pelo que ouve mas sim, pelo que deseja ouvir! E há homens absolutamente peritos nesta matéria..

É interessante analisar onde acaba a realidade e começa a virtualidade, ou vice versa ou até quando se entrelaçam e confundem.


Todos temos desejos e ilusões. Muitos desses desejos serão provavelmente inatingíveis, outros podemos alcançá-los no mundo real, por outro lado, há muitos também só realizáveis no mundo virtual.

O maior perigo acontece quando se misturam os dois mundos e se perde a noção da linha divisória. Esta miopia cibernética em que se funde o quotidiano e os sonhos, abala e é perfeitamente notório naqueles que vivem num mundo ilusório, choram e sofrem, procuram sexo, atenção ou consolo para os problemas e fatalmente procuram no virtual o reconhecimento colectivo duma inteligência artificial que não encontra consenso no real.


Ao criar-se vínculos emotivos com desconhecidos, limitamo-nos a fazer um simples exercício de retórica, pois, na verdade, não fazemos mais do que um preâmbulo da nossa realidade.

Usamos o teclado como agulha e as palavras como linha e passamos horas a bordar um caminho virtual, qual renda de bilros, onde os pontos vazios importam mais do que os seus limites.

Os papéis que desempenhamos são vários: fotógrafos de ilusões descartáveis, fabricantes de esperanças infundadas, mágicos de emoções pré-fabricadas, ventríloquos de frases feitas, vendedores de sonhos, mercadores de falsas realidades ...

Nada mais devemos esperar, nem propor neste mundo do “talvez” ou universo do “mais ou menos”.