sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Dogma, Teorema ou Incógnita...

O Amor resolve-se por uma equação diferencial

Entre as incógnitas que o integram…

Conhecer os valores desconhecidos é, afinal.

A extrema ambição de que sou feita…

E neste espaço largo e tão estreito,

Que cabe apenas no meu peito,

O amor desenvolve-se em raízes quadradas,

Cúbicas e múltiplas,

E o resultado é sempre uma razão desconhecida…

Este, é o valor real da vida

Que nos dá o Amor,

Na transcendência dos valores afectivos…

Perante o dogma e o teorema,

O Amor define-se

Como uma razão de ser de valores extraordinários…

Pitágórico, o Amor

Aceita, para qualquer incógnita,

Valores diversos e diferenciados

Que lhes emprestam os diferentes resultados…


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Second life

“Preferia ser submetido a um exame rectal, em directo na TV, a ter uma página no Facebook”, quem o diz é George Clooney e esta afirmação levanta duas questões pertinentes: ou ele adora toques rectais (o que duvido, eheheh) ou então o FaceBook é provavelmente o maior caso de espionagem a que alguma vez se assistiu.
Talvez os utilizadores não saibam mas a verdade é que esta página social vende toda a informação ao melhor preço pois, de acordo com as condições do contrato que virtualmente assumem, outorgam ao Facebook a propriedade exclusiva e perpétua de toda a informação e imagens que publicam, mesmo depois de apagadas.
Carlos Carvalhal, num acto desesperado, também sucumbiu aos encantos da Farmville, numa tentativa “in extremis” de dinamizar a plantação de nabos que tem numa propriedade em Alcochete.



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Geração Phonix


Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem Direitoe se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola. Primeiros a peçoa n se sente motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.

Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto Montanhoso? Ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? Ou cuantas estrofes tem um cuadrado? Ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?

E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem os Lesiades's, q é u m livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.

Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a Malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a Malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o garra de lin-chao é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???

O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a Malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. Tarei a inzajerar?


"Redaxão" escrita por um aluno do 9º ano

A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara

Parece que há uma grande incompetência generalizada em transmitir aos filhos, a importância da escola e a importância que é receber uma educação, uma oportunidade e um privilégio.

As crianças de hoje não são mais estúpidas ou mais indisciplinadas do que antes,o problema é a falta de respeito pela autoridade dos mais velhos. Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Estes, por sua vez, preferem demitir-se da sua função de pais, evitando assumir qualquer autoridade, preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos, seja alegre e sem conflitos, empurrando o papel de disciplinador, quase exclusivamente, para os professores.

Os progenitores não são amigalhaços de borgas, são educadores e, enquanto não optarem pela supressão de privilégios e pelo alargamento dos deveres, vamos continuar a assistir a estas “pérolas” de inspiração.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Momento cultural ...


Sinopse

DiciOrdinário - dicionário ordinário. Qualquer semelhança com outros dicionários é pura conincidência.

O Diciordinário é uma homenagem ao linguado português. Trata-se de um verdadeiro serviço público pois, já desde o tempo em que se phodia, muito tem sido escrito sobre o sexo oral mas pouco é dito sobre o sexo escrito. Eça é que é Eça. E não estamos aqui para engatar ninguém.


Aconselho vivamente pois, neste manual de cabeceira, procura-se evidenciar as diferenças e convergências observadas na elaboração dos dicionários de língua geral e nos dicionários, vocabulários e glossários de línguas de especialidade. A consulta ao dicionário tem sempre uma motivação, nunca é "inocente".

O leitor procura resolver um problema de significado, esclarecer aspectos da linguagem, aperfeiçoar a sua forma de comunicação linguística.

São esses os objectivos do dicionário: preencher lacunas de conhecimento, facilitar a comunicação linguística, aperfeiçoar os meios de expressão, descodificar correctamente as normas sociais e científicas e aumentar ou desenvolver o conhecimento sobre o parceiro.


Ora vejamos o que nos reserva o "O" (já dizia a Ana Malhoa: e tudo começou no Ó...ó, ó, ó!!!


Ode – composição poética lírica enaltecendo o potencial sexual de alguém, tipicamente escrita depois do acto (ver oder)

Oder – fazer odes eróticas, odendo a torto e a direito, a todas e a eito

Odisseia – ode e ceia (de preferência por esta ordem, para evitar congestões)

Odomizar – fazer odes a inserções traseiras

Olarila – forma de chamar um paneleiro

Olhão – olho de dimensões hiperbólicas, o mesmo que Boavista.

Onanimismo – onanismo unânime, prática generalizada de masturbação

Opiçodele – equivalente masculino da apitadela

Oralgésico – medicamento alternativo para quem não tolera analgésicos

Orgasmar – organizar uma orgia. Daí a palavra de ordem mais ouvida nesses ambientes: “orgasmisem-se”


Crónica de uma morte anunciada

Segundo as palavras do Sr Mário Crespo, o nosso PM é agora um político palhaço, incapaz de lidar com as realidades que criou e vai continuar a tentar manipulá-las com as suas “novilínguas” e esmagando todo o “duplipensar” tal como Orwell descreveu na sua obra mais real que ficcionada.

Ora, no dia da discussão do Orçamento, José Sócrates reuniu os seus amigalhaços da vida airada e, num almoço informal resolveu, alto e bom som, desancar no jornalista e fazer-lhe a folha, à semelhança do que aconteceu com Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz.

Curiosamente, na mesma tasca, estava um amigo de Mário Crespo, que foi estonografando meticulosamente o teor da conversa e que daria origem a uma brilhante crónica de opinião e posteriormente ao despedimento do ilustre jornalista.

Acontece que o JN é um jornal privado e, como tal, reserva-se no direito de publicar o que muito bem entender assim como qualquer jornalista pode escrever o que lhe der na real gana... não pode, é exigir que um jornal divulgue os seus ódios de estimação, baseados em conversetas sem consistência.

Um facto é, por definição, verdadeiro.

O problema é que Crespo não trata de factos, quanto muito, de candidatos a factos, ao bom estilo de Agata Christie.


Falar de censura numa época de globalização da informação, é patético, assim como enfatizar um despedimento que mais não é, senão uma recusa de validar paleio de vão de escada ou intrigas de comadres.

A verdadeira razão deste thriller policial, é mais dor de corno que outra coisa. É que Crespo provavelmente nem se lembra das entrevistas que deu durante o ano passado:

Semanário Económico (15.01.09) – disse que nas próximas eleições "provavelmente" votará (ou votaria) Sócrates

Correio da Manhã (12.01.09), disse que "provavelmente" irá (ou iria) em breve para Washington por grandes temporadas

É chato contar com o ovo no cu da galinha … quem foi para Washington, como conselheiro de imprensa, não foi o Crespo, mas alguém muito próximo do PS.

E pronto, a partir daqui, as crónicas de opinião mudaram radicalmente até que foi despedido… chama-se a isto “Crónicas de uma morte anunciada”