sábado, 28 de novembro de 2009

A cor do dinheiro


Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo, fez recentemente uma doação de 31 biliões de dólares para fins humanitários.

Foi dos primeiros a apostar que a bolsa iria recuperar depois das quedas acentuadas sofridas na sequência da crise financeira e agora está a retirar o proveito da iniciativa, com os lucros da sua “holding” a triplicarem no terceiro trimestre

Comprou a primeira acção na bolsa quando tinha apenas 11 anos e ainda hoje lamenta tê-lo feito tardiamente. Comprou a primeira fazenda aos 14 anos, com as economias provenientes da entrega de jornais. Ainda vive numa casa modesta de 3 assoalhadas, adquirida há 50 anos, quando casou e afirma que, naquela casa tem tudo o que precisa.

Conduz o seu próprio carro, não tem motorista nem seguranças e nunca viaja de jacto privado, embora seja proprietário da maior companhia privada de aviação do mundo.

O grupo a que preside “Berkshire Hathaway” tem 63 empresas e Buffet escreve uma única carta anualmente aos seus inúmeros executivos, com os objectivos para o ano seguinte com apenas dois pontos:

-» Regra 1. não perca nem um cêntimo do dinheiro dos nossos accionistas

-» Regra 2. não se esqueça da regra 1

Não frequenta a alta sociedade, não usa telemóvel nem computador e afirma que o seu passatempo favorito quando chega a casa é fazer pipocas e ver televisão.

Há uns anos, Bill Gates encontrou-se com Warren, embora achasse que o único elo de ligação entre ambos, era serem podres de ricos! Programou um encontro de apenas alguns minutos mas a conversa prolongou-se por dez horas e, ainda hoje, Gates considera-o o seu guru.

Provavelmente BG não lê Fernando Pessoa mas ao referir-se ao filantropo disse mais ou menos isto .”há momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”