José Sócrates não gosta que lhe torçam o braço e pelos vistos não é o único
Dominique Villepin também não gostou quando a italiana Enel lançou uma Opa sobre a francesa Suez. Luís Zapatero até teve de fazer fisioterapia quando a alemã E-On tentou lançar as garras à Endesa e até o inventor da terceira via (via verde para a libertinagem liberal) ficou cheio de nódoas negras quando a russa Gazprom assediou a Centrica.
Estes senhores, provenientes de áreas políticas tão diversificadas de direita, socialista ou liberal não hesitaram em arruinar o negócio dos seus parceiros europeus.
E o que fez a União Europeia? NADA.
Aqui, o 1º Ministro defende a empresa portuguesa com maior penetração internacional e então, já está a interferir no mercado livre de capitais que alimenta a gula especulativa.
Realmente somos um país muito pequenino e sem qualquer relevância no galinheiro europeu.
E o Coelho Sapiens aplaude com esta tirada de mestre “vamos acabar com o Estado Providência”, ou seja deixemos a regulação para os mercados e viva a anarquia.
O interesse nacional na utilização da golden share é semelhante ao interesse nacional quando Manuela Ferreira Leite obrigou a PT a comprar a rede fixa (que era do Estado) e assim realizar uma operação cosmética por forma a antecipar receitas extraordinárias que pudessem equilibrar o orçamento. Claro, no governo PSD, mesmo sem crise financeira internacional, as contas públicas também sofriam de síndrome vertiginoso.
E a visita de Aznar a Portugal dias antes da Telefónica aumentar o valor da oferta pela Vivo, não foi uma visita turística. É que Aznar, enquanto 1º ministro, nomeou Cesar Alierta em 2006 como presidente da Telefónica e, esta visita relâmpago para conversar com Cavaco Silva tem contornos tão evidentes como promíscuos. Aliás, política, jobs e promiscuidade andam sempre de braço dado. Por isso, o Coelho Sapiens anda tão excitado com esta marmelada toda, é que a alternância do poder já tarda … o PSD anda farto de manual jobs, quer um blow job à maneira.
5 comentários:
O artigo que linkado, escrito numa língua estranha diz a certa altura:
"A pesar de todo, España es probablemente el país europeo menos dependiente de Rusia, en especial en el caso del gas."
É espantosa a ingnorância do autor do artigo que parece desconhecer que Portugal, para mal dos seus pecados, fica na Europa!
Pois se há país europeu que não dependa nada da Rússia em matéria energética é Portugal!
O artigo está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico espanhol.
Às vezes também tenho dúvidas em que continente se situa Portugal.
Nos ultimos tempos tenho procurado critica politica. Penso que já fui mais activo, contudo, por razões de sobrevivencia perdi esse "foco". Fiquei um pouco desiludido comigo, por isso, aos poucos vou tentando "regular" a minha "objectiva". Encontrei aqui uma boa inspiração. Obrigado Kikas:)
"Às vezes também tenho dúvidas em que continente se situa Portugal."
Eu não tenho, na Europa, continente de aldrabões e oprtunistas é que não é concerteza.
(ver, por exemplo http://cabalas.blogspot.com/2010/07/corrupcao-no-centro-da-europa.html)
Olá JBG
Mais do que crítica política, eu diria que exerço aqui o meu direito e dever de cidadania.
Obrigada pela visita e volte sempre.
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