sexta-feira, 2 de julho de 2010

A Nova Economia





Há dois séculos atrás, um escravo custava nos Estados Unidos, cerca de 30 000 euros.

Actualmente, um trabalhador sem documentação nem personalidade jurídica, custa 100 euros no mercado internacional.

Em Portugal, um trabalhador-escravo, custa 500 euros por mês e, mesmo assim, vivemos num défice de competitividade que impede a tão desejada dinamização económica.

Na China, expoente máximo da economia global, um escravo custa pouco mais de uma tijela de arroz, com a agravante de poder levar os filhos para o emprego.

Paralelamente às economias emergentes, emerge também uma nova Idade Média, uma era de desigualdades, uma sociedade sem dignidade e sem esperança … um mundo en que as pessoas parecem mais apavoradas com a sobrevivência do que com a morte.



3 comentários:

Anónimo disse...

"Na China, expoente máximo da economia global, um escravo custa pouco mais de uma tijela de arroz"

Não é bem assim. Isto é a propaganda com que nos injectam todos os dias para tentar explicar a incapacidade dos politicos europeus defenderem o nosso nível de vida.

Oitenta por cento da população chinesa é rural e quando se fazem médias, as médias incluem toda a China.

Mas a que nos faz concorrência é a de Cantão ou Xangai e aqui os ordenados são muito, mas mesmo muito superiores.

Kikas disse...

Só se for a mão de obra MUITO qualificada, os operários são explorados até ao tutano.
Suicídios na Foxconn, greves na Honda, carga horária de 60 horas, trabalho infantil e iminentes conflitos sociais não me parece que sejam motivo de orgulho para ninguém.
Será propaganda?
Mas quando o governo chinês autoriza o aumento do salário mínimo em 20% para 960 yuans - 115 euros, a coisa não deve estar nada famosa.
Mas este aumento "extraordinário", irá certamente comprometer a tal competitividade económica chinesa.
A ganância empresarial é ENORME e se a China não lhe garantir ganhos astronómicos, que deslocalizem para o Polo Norte ... há lá muitos ursos!

jardinsdeLaura disse...

Para quando a globalização da dignidade humana nas suas formas mais elementares como o trabalho a saúde e a educação?? Conseguido isso extinguir-se-ão infernos esclavagistas e paraísos fiscais! Será realmente utópico como objectivo ou somos tão bem manipulados que nem ousamos ser realistas para que não nos acusem de pedir o impossível?